RESUMO - AS (DES)ORDENS DOS DISCURSOS MASCULINOS: REFLEXÕES ACERCA DOS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO DE HOMENS PROFESSORES DA EJA

Rita de Cássia Angelo da Silva
Instituto Federal do Rio Grande do Norte

ritinhaangelo@gmail.com

 

Avelino Aldo de Lima Neto.

Instituto Federal do Rio Grande do Norte

avelino.lima@ifrn.edu.br

 

 

Resumo 

Objetivos: Antes de apresentarmos as subseções e seus referidos conteúdos, dos quais compõem o estudo em xeque, faz-se necessário falar do documentário que nos serviu de estratégia metodológica para relacionar à algumas discussões. Nesse intuito, o documentário tem como nome “Precisamos falar com os homens”, desenvolvido pela fundação UNESCO no ano de 2017. Esse documentário tem como objetivo fortalecer a busca por igualdade de gênero a partir de discussões, projetos e iniciativas educativas com os homens. Nisso, professores desempenham reflexões de alta relevância para o combate ao machismo e a defesa das várias formas de viver a masculinidade e a feminilidade. A motivação para a realização pesquisa foi despertada a partir de uma disciplina do curso de especialização em Educação de jovens e Adultos, denominada: “Relações de gênero, sexualidade e educação”. Na referida disciplina debateu-se sobre os papéis determinantes do homem e da mulher e a maneira como essas concepções são fortemente influenciadas pelo meio social. Face ao exposto, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender os processos de subjetivação vivenciados por homens que exercem a docência na Educação de Jovens e Adultos. Para isso, iremos identificar os motivos que os levaram a optar pela docência, investigar os desafios por eles enfrentados no quotidiano docente e visibilizar as tensões subjetivas provocadas pelo machismo e pela masculinidade hegemônica. . Metodologia: Sobre a metodologia, primeiramente realizou-se a análise documental do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Especialização em Educação de Jovens e Adultos no Contexto da Diversidade. Também realizamos a apreciação do documentário Precisamos falar sobre os homens (2017), dirigido por Ian Leite e Luiza de Castro e produzido pela ONU Mulheres e pelo Papo de Homem. Essas análises nos permitiram prepararmo-nos mais apropriadamente para a construção do roteiro a ser utilizado na entrevista semiestruturada. As entrevistas ocorreram com Antônio, Samuel e Roberto – nomes fictícios empregados para preservar o anonimato dos sujeitos. As entrevistas foram realizadas com eles: Antônio tem 50 anos, é negro, estudou somente em escolas públicas. É Policial Militar, tem curso de inglês e licenciatura em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. É casado, mora com esposa e filhos na cidade de Tibau do Sul/RN. Já Samuel tem 46 anos, é pardo, estudou somente em escolas públicas. É professor de Geografia – disciplina na qual exerce a docência na EJA – e cursa, como segunda licenciatura, a Licenciatura em Educação do Campo, estudou em instituição privada no ensino superior - é casado, mora com esposa e filhos no distrito de Piquiri, na cidade de Canguaretama/RN. Roberto, por sua vez, tem 26 anos, é pardo, estudou somente em escolas públicas, é formado em Educação Física por instituição privada- Centro Universitário Facex, e pratica artes marciais. É casado, mora com esposa e filhos em Baía Formosa/RN. Todos os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Reflexões sobre os processos de subjetivação de homens professores da EJA: a formação de um discurso sobre a masculinidade: As construções sociais acerca do homem e da mulher estão firmadas de predeterminações e julgo infindável ao que concerne ao gênero e suas materializações corporais (maneiras de vestir, se comportar, andar, mover-se falar, gesticular, enfim, se expressar). Tudo isso permeia diversos campos sociais, e talvez um destes mais tensos no que diz respeito aos conflitos e surgimento de estereótipos seja a profissão. As Ciências Humanas e Sociais, porém, demonstram que a subjetividade não se articula ao fator biológico como a única dimensão para a compreensão dos comportamentos e papéis no que concerne ao tema em questão. Connell (2010, p. 605), nessa direção, afirma que “[...] os padrões de gênero não são fixos, que identidades são negociadas nas vidas individuais e que categorias emergem historicamente, que as masculinidades e as feminilidades são múltiplas”. A obra de Michel Foucault (1997) apresenta algumas contribuições iniciais para compreendermos a produção de sujeitos a partir da sexualidade, pois o autor mostra as estratégias de dominação. A partir de sua obra, outros estudos foram desenvolvidos levando em conta os postulados básicos da articulação entre os dispositivos de saber e de poder, no interior dos quais ocorrer os processos de subjetivação. Nesse sentido, Bento (2012) discute tipos de masculinidades e como a partir de vários outros contextos são evidenciados aspectos que deterioram a masculinidade hegemônica. Os estudos de Bento postulam que a masculinidade está interligada a um movimento de relações subjetivas a serem vivenciadas por cada sujeito, não havendo uma única maneira de tornar-se homem. Connell (1987) sustenta que a masculinidade hegemônica nada mais é que a aplicação de um conceito de masculinidade a vários tipos de masculinidades – característica que, como veremos, emerge nos discursos por nós analisados. Albuquerque Júnior (2013), em sua pesquisa arqueológica sobre a invenção da figura do macho nordestino, reflete, dentre outras questões, sobre as relações entre o tradicional e o moderno, entre os espaços do sertão e o urbano, e como as questões de gênero emergem nesse contexto. O autor refere-se à construção de um macho nordestino, configurado pelas rédeas do patriarcado. Denuncia, além disso, as conexões entre verdade, saber e poder, admitindo o gênero como produto de várias relações, que assume formas diversas na constituição de cada indivíduo. Masculinidades e o ambiente familiar: Antônio morava na zona rural, em sítios na sua infância, numa casa de taipa com seis cômodos suas brincadeiras de criança foram sempre com meninas e meninos brincando juntos. Na frente da casa de Samuel tinha um jardim muito bonito, a sua avó toda a vida gostou de plantas, na frente tinha esse jardim que era uma cerquinha de madeira, a casa era uma casa de taipa, mas toda rebocada por dentro, o seu avô tinha esse cuidado para prevenir dos insetos, era revestida, era composta, como ele era comerciante também além de ser agricultor, ele tinha uma barraquinha na feira, então tinha um quartinho na frente onde ele guardava, tinha um quartinho com uma sala, dois quartos, uma sala de jantar, uma sala de estar e uma cozinha com uma dispensa, além disso, uma cozinha com dispensa onde sua avó guardava. Na casa de Roberto tinha uma garagem grande, um portão onde ele ficava a maior parte do tempo, tinha cozinha, os banheiros e os quartos. Inclusive, ele dormia no quarto desse tio e teve uma época que ele o tirou do quarto. Ele passei a dormir no colchão no chão na sala. E tinha o quarto dos seus avós, tinha uma salinha com cerâmica bem antiga. E assim, ele passou a maior parte do tempo na garagem ou na calçada brincando com seus amigos. Era onde ele passava a maior parte do tempo. Foi onde ele se divertia mais, de onde ele carrega as melhores lembranças. Durante sua infância conviveu com seus avós, uma tia e um tio relata que sofria agressões verbais e físicas de seu tio - o que o fez crescer revoltado com a vida, diz ele: “Eu tive uma dificuldade em estabelecer o que era família foi criado como eu já vós e fugir um pouco da tradição, porque eu consigo tradicional e a família pai mãe e filho que vende uma tradição”. Além disso revela que sobre as violências que sofreu do seu tio, ele sempre procurava recorrer para seu avô, mas ele passava a maioria do tempo trabalhando, só resta refletir que em meio a esse contexto de violência não havia espaço para sensibilidade . Roberto descreve suas memórias falando sobre os seus desenhos favoritos; Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z. Além de ter esses desenhos como referência na construção de sua identidade masculina, Roberto sofreu fortes e negativas influências do seu contexto familiar. Para a Constituição da sua concepção sobre homem sobre o exercício da masculinidade: primeiro que era chamado de viado todas as vezes que era xingado pelo seu tio, o que o fez enxergar o homossexual como alvo de tudo que fosse de ruim. “Como algo ruim porque estava atribuído como um momento de raiva”. É perceptível nos relatos certa carência advinda da falta dos pais. Há uma associação desses vazios à um processo de sofrimento. Ao enfatizar essa ausência na sua criação, Antônio diz: “não me sentia bem". Já Samuel demonstra esse sofrimento em diferentes momentos da entrevista: “eu fiquei com meus avós na comunidade, e assim, sentia falta como toda criança sente falta de pai e mãe”; “chegava à festa das mães e eu não via a minha mãe, chegava à festa dos pais e eu não via meu pai". Similarmente, Roberto demonstra sofrimento ao dizer: “minha mãe sempre foi muito distante por muito tempo e eu cresci meio revoltado da vida". Antônio, desde cedo, não tem a figura do pai e é criado entre quatro irmãos homens; Samuel e Roberto, ambos criados por seus avós, compartilham ainda um contexto espaço-temporal peculiar: o do campo. Os responsáveis, sobretudo os homens, dedicavam muito tempo ao trabalho com a roça e pouco a outros deveres, inclusive a atenção aos filhos e netos. Em seus relatos, notamos não só a ausência das figuras masculinas no espaço doméstico, mas a falta de espaço para a sensibilidade. Nessa perspectiva, a formação da masculinidade está em tensão constante com o discurso do machismo, o qual se concretiza a partir de fatores históricos e culturais reproduzidos e pré-existentes ao sujeito e organiza e hierarquiza as relações entre os gêneros. Ainda sobre o machismo, no documentário, uma das participantes fala que ele se manifesta de forma direta ou indiretamente, muita das vezes escondido pelas sutilezas, mas não menos violento que outras versões. Essa sutileza se mostra nos sujeitos entrevistados, quando se referem a “ajudar” nas tarefas domésticas, por exemplo. Entre uma expressão e outra, esse termo aparece, levando-nos a crer que eles não reconhecem estas atribuições como sendo deles também. Masculinidades e educação escolar: Não raro, é na escola que acontece, mais ou menos veladamente, a reprodução do machismo e a fabricação das diferenças pela escolarização dos corpos e das mentes Louro, (1997). Nela se mantém e se defende a divisão de gênero em praticamente em todos os aspectos: maneiras de se comportar em diferentes situações, forma de andar, de falar, de vestir, atitudes. Uma cena do documentário Precisamos falar com os homens é significativa nesse contexto. Num determinado momento, o professor mediador do debate solicita que os alunos registrem, sem expor o nome, algum sentimento que estejam experimentando, algo que eles gostariam de expressar, mas não conseguiam. Os sentimentos revelados foram: carinho/afeto, carinho/liberdade, amor/afeto sensibilidade e nada. É relevante notar como esses dados coincidem com os relatos das nossas entrevistas, mostrando os atravessamentos dos discursos e das subjetividades. Enquanto Antônio diz: “quando eu estava triste eu procurava minha família”, Samuel e Roberto afirmam, respectivamente, “sempre quando eu estou triste estou cansado ou com algum problema eu sempre procuro uma área no máximo que esteja só eu” e “eu chorava escondido [...]. Realmente, quando eu era mais novo, tinha muito a questão mesmo não chorar”. Verifica-se, assim, o esforço para não tornar visível o próprio sofrimento e vulnerabilidade. As evidências no documentário e nos relatos sobre a carência afetiva estão relacionadas diretamente com o modo como os homens lidam com os próprios corpos: estes são mórbidos, parecem estar sempre evitando o contato físico com outros sujeitos – principalmente com outros homens. Não experimentam os benefícios de um abraço e, por consequência, as contribuições do compartilhamento afetivo para a sua própria formação. Nesse sentido, apesar da afirmativa de Antônio de que tinha em quem se amparar nos momentos de tristeza, quando perguntado sobre as questões sobre como ele descobriu seu corpo, o que ele poderia dizer sobre as suas memórias e sobre a própria masculinidade, as respostas, em sua maioria, foram bastante sintéticas e/ou lacunares: “nada porque eu nunca mudei, sempre fui essa pessoa que eu sou”. Em seguida foi feita outra pergunta na esperança de tentar prolongar a discussão: “você tinha colegas que querendo ou não te influenciaram ‘não faça isso porque você é um homem’?” A resposta foi: “não. Nunca tive isso na escola". O silêncio é um dado muito relevante na conversa com esse entrevistado. Nesse contexto, houve mais perguntas reformuladas, na tentativa de obter outras respostas: “Então você não tem nenhuma memória de distinção entre homem e mulher”? Antônio diz que não. No intuito de, ainda obter informações acerca das memórias escolares e como isso pôde ter influenciado na sua masculinidade, como a questão do preconceito supostamente possa ter causado tristeza e sentimento de inferioridade, a resposta foi surpreendente. A fala de Antônio transparece forte relação com a sua identidade etnicorracial. Quando se é mulher, negro, pobre ou LGBT, a estratégia de ser “o melhor aluno possível” exige um enorme dispêndio de energia para tentar “compensar” o fato de ser mulher, negro, gay etc. Em consonância com esta análise, no documentário, Aline Ramos relata que, por ser mulher negra, deve realizar trabalhos em dobro, sempre lhe é cobrado mais - sem falar nas frequentes situações de preconceito racial nos mais variados espaços. Masculinidades e a escolha pela docência: Sabe-se que a profissão docente é majoritariamente ocupada por mulheres. Isso se deve a um processo cultural sobre como as atividades foram se disseminando a partir de concepções de gênero. Através da articulação da história da vida familiar e escolar, conseguiu-se diagnosticar fatores relevantes os quais teceram, de certo modo, os fios que construíram o caminho da escolha feita por esses sujeitos pela docência: Antônio carrega memórias de bastante entusiasmo e satisfação de suas vivências no espaço escolar. Pelo menos por três vezes afirma ter sido um aluno exemplar, que sempre se relacionou muito bem com todos os professores, fossem eles homens ou mulheres. Isso pôde ter motivado à sua segunda profissão: a docência. A convivência prazerosa com mestres e colegas, o rendimento escolar impecável, parece tê-lo influenciado, de modo que ele passa a perceber seus professores como exemplos a serem seguidos. Ainda sobre a escolha da docência por Antônio, é importante dizer que a sua esposa, que é professora, foi um exemplo importante para ele. Além disso, ela o incentivava a fazer cursos de licenciatura, tal incentivo se dava pelo jeito descontraído e bem humorado, popular - características que formam a subjetividade de Antônio. Nessa direção, ele afirma: “na minha outra profissão eu sempre gostei de interagir com o público. Eu entrei na Polícia Militar em um ano e no outro ano passei para outro curso, eu dava aula também quando eu ia fazer curso”. Desde cedo, Samuel parece ter sido influenciado pelo trabalho com o seu avô no que concerne à escolha pela docência: “Ele levava a gente, ia e chamava ensinava e a gente ia porque tinha muito interesse em aprender alguma coisa”. Mais à frente, Samuel diz que acha o trabalho da roça um serviço humilhante e desvalorizado, acrescentando que apresentava dificuldades com a escola devido à dislexia. Diante da angústia sobre o futuro que lhe aguardava - a agricultura - e ter dislexia, ele se refugia na educação. O mais interessante é ele achar que educação não era “o forte” dele, mas no fim das contas se tornou professor. Ademais, diz ter “fugido do campo”, mas mora e exerce a docência no campo, além de fazer uma licenciatura em Educação do Campo. Das dificuldades por ser professor, além da dislexia, Samuel falou: “mas eu sempre sofri, sempre sofri. Eu costumo dizer o seguinte: eu tenho que fazer da melhor forma, agora reconheço que tem limitações. Claro, a mulher, como dizia meu avô, a mulher tem dons, a mulher é um ser divino é uma coisa que merece nosso respeito. O homem não consegue ser tão sensível quanto a mulher”. Percebe-se que no excerto acima ele manifesta os estereótipos de gênero sobre o feminino, concepções presentes no senso comum. Quanto ao entrevistado Roberto, de início é válido relatar uma cena das suas memórias escolares, ao ser questionado acerca da possível diferença de tratamento na sua interação com docentes homens e mulheres: “Cara! Eu com minhas professoras era normal, o tratamento era normal, eu senti até mais facilidade de chegar nelas, né ?! Nas mulheres... com homem era mais resistente mesmo até porque os homens tinham cara de durão demais. O cara pergunta e o professor fala: ‘seu burro!’ Aquilo me envergonhou eu fiquei muito tempo travado sem querer perguntar”. Conclusão: Com este trabalho, propusemo-nos compreender os processos de subjetivação vivenciados por homens que exercem a docência na Educação de Jovens e Adultos. Identificamos os motivos que os levaram a optar pela docência: Percebemos que esses motivos se derivam das influências do campo familiar, no caso de Samuel que relata relações de ensino aprendizagem com seu avô, no caso de Antônio, influências advindas da família também e do campo profissional civil, já Roberto, na fase acadêmica tendo como referência um professor. Investigamos também os desafios por eles enfrentados no quotidiano docente: É possível dizer desse objetivo que os docentes passam obstáculos na sua prática docente no aspecto da divisão de gênero, perceptível quando Samuel diz que na escola em que atua as mulheres se juntam para desempenhar determinadas atividades. Antônio aponta a questão do trabalho com a sexualidade e Roberto também quando fala que dos casos de professores que se envolvem com alunas. Visibilizamos as tensões subjetivas provocadas pelo machismo e pela masculinidade hegemônica: Acerca desse objetivo, encontramos os impactos da identidade de cada sujeito articulados à discursos sobre masculinidade, isto é, dentro de cada um dos seus contextos, a transparência de concepções hegemônicas sobre gênero. Assim, é válido dizer que este trabalho contribuiu para a compreensão acerca do caráter construído da masculinidade, eliminando a visão ideológica de que as relações de gênero consistem em conceber aos sujeitos comportamentos determinados a partir do seu sexo biológico. Além do conhecimento de que o gênero é algo relativo em cada indivíduo, considerando sua história, suas experiências, é possível quebrar as forças do preconceito, tratando de assuntos realmente pertinentes para uma sociedade igualitária, humana, e para uma formação de professores da EJA adequada à sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Gênero. Docência. Masculinidade. Subjetivação.

Comentários

  1. O trabalho lança luz à uma categoria relevante de pesquisa (masculinidade) e os aspectos de alteridade que necessitam ser considerados em nossas análises.

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    1. Sim. Certamente, professora.
      Trabalhar com masculinidade (principalmente com a concepção hegemônica), atravessa muitos assuntos voltados á minorias e políticas de gênero na busca por uma sociedade equânime.
      É muito gratificante trabalhar com este objeto... permite compreender aspectos da vida humana a partir de processos subjetivos, que as hegemonias são ordens da cultura, mas que devem ser combatidas pelo trabalho científico e pela formação humana ...

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  2. A leitura do resume me fez lembrar ainda do filme francês "Eu não sou um homem fácil", que subverte os tidos "papeis de gênero" de modo a tecer uma crítica à masculinidade tóxica como imperativo para os homens. Apesar de tratar os conceitos de masculinidade e feminilidade de uma forma um tanto quanto estereotipada, pode vir a ser uma seara interessante ao trabalho de vocês, justamente por isso e pela grande possibilidade crítica que proporciona.
    Rhayara Lira

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    1. Daremos uma olhada sim! Agradecemos a recomendação...Nós utilizamos o documentário intitulado "Precisamos falar com os homens", disposto no YouTube.
      Ele respaldou as discussões teóricas e alguns trechos das entrevistas... É um documentário bem crítico sobre as manifestações do machismo no espaço familiar, escolar e docente. - campos centrais do nosso estudo.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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