RESUMO - CURRÍCULO, GÊNERO E ESCOLA: A CONSTRUÇÃO DAS MASCULINIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Adriano Gonçalves da Silva
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Adilson Ribeiro de Oliveira
Instituto Federal de Minas Gerais
Arthur Cardoso Lana
Instituto Federal de Minas Gerais
Ulisses Expedito Pereira Teodoro das Dores
Instituto Federal de Minas Gerais
Resumo
Falar sobre as masculinidades perpassa questões urgentes que nossa sociedade precisa endereçar, como, por exemplo, o modo como a construção social da(s) masculinidade(s) tem condicionado o percurso escolar dos jovens. A instituição escolar é estruturada em bases hierárquicas de poder, local onde jovens relacionam-se cotidianamente, as identidades são construídas, reforçadas e sedimentadas, notadamente a identidade de gênero. Nesse sentido, o presente trabalho busca analisar a construção sobre as masculinidades no discurso de jovens do Ensino Médio Integrado no contexto da Educação Profissional Técnica e Tecnológica, identificando o modo como interpretam, contestam e/ou negociam os valores da masculinidade hegemônica. Para tanto, nesta pesquisa junto ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (NEPGRES), buscamos suporte nos Estudos Culturais e nas Teorias Pós-Críticas na área da Educação, especificamente na discussão de currículo. O percurso metodológico compreende combinação da pesquisa bibliográfica e de campo, considerando a elaboração de narrativas de si a partir da produção de textos. Os jovens, em sua diversidade, estão, cada vez mais, transpondo os seus muros, trazendo suas experiências e novos desafios para o espaço escolar. Dentre eles, uma questão central passa a ser as transformações que vêm ocorrendo nas formas desses jovens se constituírem como estudantes. Compreendemos que os sujeitos têm identidades plurais, múltiplas; identidades que se transformam, que não são fixas ou permanentes, que podem, até mesmo, ser contraditórias. Neste sentido, enfatizamos que as construções acerca das masculinidades estão relacionadas às experiências de vida dos jovens, sendo imprescindível o diálogo e a participação ativa das/dos educadoras/es. Ademais, no que se refere às relações de gênero, a escola tem um enorme desafio pela frente.
Primeiramente, gostaria de parabenizá-les pelo trabalho! Minha questão é sobre como os jovens se relacionam com aqueles que apresentam uma masculinidade não hegemônica, ou seja, como as identidades e alteridades interagem?
ResponderExcluirBoa tarde! Muito obrigado pela sua pergunta. Sou o Ulisses um dos integrantes do projeto acima. Colocando em um lugar pessoal, sendo uma pessoa que se enquadra na masculinidade não hegemônica, as reações de corpos exteriores sempre foi de choque, estranhamento e até repulsa, num primeiro momento, mas ao longo do tempo, com diálogos essa nuvem preconceituosa se dissipa, vendo que jovens no nosso contexto atual tendem a ter uma abertura maior a aprendizagem.
ExcluirPara um diálogo ou maiores duvidas, deixo meu e-mail de contato: ulissese0@gmail.com
Boa tarde! Muito obrigado!
ResponderExcluirO trabalho que estamos desenvolvendo se dá no contexto do IFMG - Campus Ouro Branco. Esse campus tem como característica a atuação de diversos coletivos de estudantes, muitas vezes também associados aos trabalhadores, que visam propiciar um ambiente mais saudável e seguro para todos, todas e todes, produzindo discussões e intervenções que envolvem, dentre outras, a temática do gênero. Nesse sentido, são comuns os relatos e experiências que revelam uma "diferença" entre o ambiente e a convivência da nossa instituição e de outras. Essa particularidade também é evidenciada ao pensarmos as masculinidades.