RESUMO - CORPO E FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE MULHERES PERIFÉRICAS UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Iracyara Maria Assunção de Souza
Instituto Federal do Rio Grande do Norte

 

Ilane Ferreira Cavalcante

Instituto Federal do Rio Grande do Norte

 

 

Resumo 

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) tem como foco a educação profissional a partir de uma perspectiva de formação humana integral. Nesse sentido, oferta cursos em vários níveis e modalidades. O foco deste trabalho recai sobre o Curso Formação Inicial e Continuada (FIC) Artesã em Bordado à mão, que tem como objetivo geral propiciar qualificação profissional atrelada ao eixo tecnológico Produção Cultural e Design, cuja oferta atendeu às ações do Programa Mulheres Mil: Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável, no IFRN- Natal Cidade Alta (Unidade Rocas). No FIC em Artesã foram atendidas 30 mulheres (residentes no bairro periférico das Rocas), com trajetória de vida e experiências diversas, que necessitavam de um saber formal no estabelecimento de um projeto de vida, primando pelos valores humanos e o exercício da cidadania e a retomada e a continuidade dos estudos para elevação da escolaridade. Esse relato apresenta uma experiência desenvolvida na disciplina Saúde da Mulher, com o objetivo de oportunizar as mulheres a vivência das dimensões expressivas da corporeidade por meio de atividades lúdicas, explorando a ludicidade na construção da autoimagem. A proposta das atividades seguiu uma propositiva dialógica, que problematizou o conhecimento atrelado à forma de ser da própria existência das mulheres no contexto social, para melhor se compreender, se conhecer e se transformar (FREIRE, 2012). Aliado a isso, a significação do conhecimento do corpo como realidade que nos permite sentir e perceber o mundo, os objetos, as pessoas. Assim como nos permite imaginar, sonhar, desejar, pensar, narrar, conhecer, escolher (NÓBREGA, 2010). As atividades foram escolhidas em pertinência de favorecer a compreensão do corpo no cotidiano, a construção histórica da corporeidade e da autoimagem da mulher. Em particular, a atividade da exposição fotográfica intitulada “Meu corpo, meu universo!”, realizada na galeria de arte do IFRN-Natal Cidade Alta, resultante da reflexão coletiva sobre o corpo imersa nas experiência corporais reais das mulheres participantes do programa. Essa atividade foi mediada pela professora, num diálogo sobre a nossa presença no mundo, constituindo-se uma forma privilegiada de ser corpo, que revela nossos pensamentos, ideias, sentimentos e potencial criativo. Portanto, nossa corporeidade, aqui entendida como “tudo aquilo que eu sou”. (SANTIN, 2001)

Palavras-chave: Corporeidade. Autoimagem e educação de mulheres. Ludicidade na educação profissional.

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