RESUMO - PRÁTICAS DE SOCIABILIDADE E EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA ALDEIA SÃO PEDRO E PITÁWÀ, POVO TEMBÉ

Fabrício César da Costa Rodrigues

Universidade Federal do Pará

fabmissionufpa@gmail.com

 

Magno Kamiran Oliveira Sousa Tembé

Universidade do Estado do Pará

kamirantembe@gmail.com

 

Zequias Portilho Tembé

 

 

Resumo 

O artigo busca analisar os espaços educativos e a sociabilidade enfatizando as práticas pedagógicas de formação de professores indígenas em duas aldeias indígenas (São Pedro e Pitàwà), localizadas no Território Indígena de Santa Luzia do Pará e Município de Tomé-Açu, que passou a desempenhar uma educação diferenciada no contexto da educação não escolar. A pesquisa foi desenvolvida com professores indígenas e duas lideranças, que atuam junto às crianças indígenas, e com alunos do ensino fundamental. Além disso, reavivando o interesse dos jovens pelas próprias histórias, danças, artesanato, língua, vida social e cultural da comunidade. A metodologia de seu através de um estudo etnográfico, ocorreu entre os anos de 2018 e 2019 de trabalho de campo e buscou pesquisar as praticas pedagógicas e do acompanhamento da formação de professores indígenas. Sendo uma atividade fundamental, pois é a oportunidade de avaliar o resultado da formação desenvolvida nas escolas de suas respectivas aldeias. Durante o acompanhamento, colaborou-se com orientações sobre planejamento de aula, resolução das dificuldades pedagógicas do professor, avaliação do aprendizado dos alunos, das ações não escolares visando seu aprimoramento e, também, procura ouvir a avaliação da comunidade sobre a escola. Os principais resultados demonstram que os professores indígenas desenvolvem nos espaços educativos atividades lúdicas, pois ao brincar, ouvir histórias, jogar e construir materiais didáticos bilíngues, entre outros, a criança e os jovens aprendem diferentes formas de interação que pressupõe um aprendizado diferenciado e prazeroso, sendo elas dinâmicas dentro da concepção de tempo vivenciada no cotidiano das pessoas nas aldeias. Além de estimular seu aprendizado, considerando o cotidiano sociocultural rico e diversificado. Espera-se com a conclusão desse estudo que a escola seja um espaço político de reflexão e de informação, contribuindo para a instrumentalização dos indígenas Tembé que permita que tais práticas pedagógicas são fundamentais para a construção de conhecimentos e de sociabilidade do público alvo, pois são atividades lúdicas que têm por objetivo valorizar a identidade étnica cultural. Pelo acompanhamento pedagógico tem sido possível observar as diferentes estratégias de aula usadas pelos professores onde os cursos de formação e a vivência do processo de ensino e aprendizado têm trazido mudanças na convivência de professores de diferentes povos.

Palavras-chave: Educação diferenciada. Aprendizado lúdico. Formação de professores. Espaços educativos.


Comentários

  1. Parabéns Fabrício César da Costa Rodrigues, Magno Kamiran Oliveira Sousa Tembé e Zequias Portilho Tembé pelo excelente trabalho. Dentre os resultados da pesquisa, salienta-se, as “diferentes estratégias usadas pelos professores onde os cursos de formação e a vivência do processo de ensino e aprendizado têm trazido mudanças na convivência de professores de diferentes povos”. Nesse sentido, gostaria de saber quais são essas mudanças e como a ênfase nos diferentes espaços de socialibilidade, na cultura, nas atividades lúdicas, podem contribuir para repensarmos nossas práticas pedagógicas? Também gostaria de saber quantas professoras e professores participaram da pesquisa.

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