RESUMO - A MULHER INDÍGENA KAINGANG RETRATADA EM MÍDIA IMPRESSA 1990-2010: O CONSERVADORISMO RELACIONADO AS QUESTÕES DE GÊNERO

Autores(as)
Jaílson Bonatti - jailson.1bio@gmail.com. Mestrando em educação pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) como bolsista PROSUC/CAPES
Bernard Guedes Dariva - bernard.dariva@gmail.com. Mestrando em educação pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) como bolsista CAPES
Cláudia Battestin Cláudia Battesstin - battestin@unochapeco.edu.br. Professora do programa de pós-graduação em educação pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Resumo
O presente resumo é oriundo de uma investigação que buscou observar e analisar a frequente publicização que os jornais e os meios de comunicação, remetem à representação da mulher indígena, seja através das imagens, ou por meio da escrita. Instigados com essas repetições, buscamos no Centro de Documentação e Pesquisas Históricas do Alto Uruguai – CEDOPH[1] , localizar publicações relacionados à imagem da mulher Kaingang da Terra Indígena do Guarita. Uma análise preliminar com foco na metodologia de Análise Textual Discursiva das notícias, apontou para resultados e significados sobre o modo como as mídias regionais elaboram os discursos acerca da representação social e cultural da mulher Kaingang. De modo geral, a escrita jornalística representa de forma peculiar, a memória cultural das mulheres indígenas, construída a partir da perspectiva discursiva do não indígena. Após estabelecido o corpus de análise, delimitamos o tempo de busca do acervo em 21 anos, e selecionamos o jornal Zero Hora[2] para analisarmos as publicações, pelo fato de ser um dos maiores jornais de circulação impressa do estado do Rio Grande do Sul. Os resultados apresentados e discutidos, diante da análise discursiva textual do contexto narrativo das notícias, revelaram pontos importantes e necessários à reflexão crítica. Em muitos aspectos, desde o contexto social, econômico e político da região do Médio e Alto Uruguai do estado do Rio Grande do Sul, observa-se que um imaginário muito recorrente se constrói para explicar e criticar a vivência de outra(s) cultura(s), nesse caso, os indígenas Kaingangs. As discussões expressas nesta investigação revelam a necessidade de percorrer outros caminhos a fim de compreender tais problemáticas da região. Nesse contexto, a condição da etnia Kaingang, e desafiadoramente, a situação do papel da mulher indígena, encontram-se em constante transição de entre-lugares culturais marginalizados no que diz respeito a composição familiar e cuidados relativos ao fazer cultural próprio dessa etnia. A figura feminina, sua memória cultural é alicerçada em dois pontos, o primeiro pela imposição cultural de um respeito à figura masculina e no segundo ponto a pressão social da cultura do outro que (des)configura a legitimidade da memória cultural e da representatividade política, social e cultural das mulheres Kaingangs. Por fim, essas foram algumas nuances percebidas nesta escrita, capazes de tornar possível um melhor reordenamento epistêmico das questões de gênero e etnologia, principalmente para o campo da educação. [1]Fonte: http://cedoph.fw.uri.br. [2] O jornal Zero Hora, também conhecido pela nomenclatura “ZH”, é um dos maiores jornais de veiculação de notícias do estado do Rio Grande do Sul. O jornal é editado na capital do estado, em Porto Alegre, possuindo edição de 17 cadernos, com um número de 200 jornalistas e 100 colunistas. Além disso, o ZH conta com veiculação via redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram e Google +. A história de formação do jornal começa no dia 4 de maio do ano de 1964 na antiga sede localizada na Rua Sete de Setembro, centro de Porto Alegre, logo depois no ano de 1969 uma nova sede foi inaugurada na Avenida Ipiranga, no Bairro Azenha. (Fonte: http://www.gruporbs.com.br/atuacao/zero-hora/.). 

Palavras-chave: Mulheres. Mídia impressa. Acervo.

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