RESUMO - FEMINISMO DECOLONIAL INDÍGENA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA CURRÍCULOS NA EDUCAÇÃO PROFISSINAL E TECNOLÓGICA BRASILEIRA
Autores(as)
Claudionor Renato da Silva - rclaudionor@ufg.br (Universidade Federal de Jataí)
Resumo
O presente estudo pretende discorrer sobre o feminismo decolonial (FD), como teoria
latino-americana e caribenha, para se pensar políticas para meninas e mulheres
indígenas, em seu acesso, permanência e finalização em cursos na modalidade da
formação Educacional Profissional e Tecnológica (EPT). A metodologia do estudo é
bibliográfica, partindo da teoria do FD, historicidade e legislações da EPT e pesquisas
publicadas em artigos que abordem a formação de mulheres indígenas na EPT
brasileira. A problemática que orienta o estudo, parte da seguinte pergunta: quais os
contributos do FD para o currículo da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil,
considerando a Lei 11.892/2008? Objetiva-se, apontar ausências, presenças,
aproximações e distanciamentos entre o que preconiza o “feminismo decolonial
indígena”, enquanto teoria e luta política, enquanto pressupostos e encaminhamentos.
O resultado indica que para uma discussão sobre gênero (mulher indígena) na
Educação Profissional brasileira, que fale sobre meninas e mulheres indígenas é
imprescindível que, no mínimo, os povos e nações indígenas possam ser mencionados
nos projetos dos cursos e a temática da formação, em seus componentes curriculares,
subsidiados pela etnografia e a etnohistória indígena e, portanto, atrelem à formação
profissional e tecnologóica, os temas indígenas e de gênero, portanto, que falem das
meninas e mulheres indígenas. Conclui-se o presente estudo, que, em se tratando
desta problemática, será preciso um olhar mais detalhado à política de instituição da
Educação Profissional avançando para os Projetos Políticos de Cursos a fim de se
diagnosticar, nem que seja, nas entrelinhas a presença destes elementos: referenciais
do FD – um feminismo decolonial indígena – com foco nas meninas e mulheres. Será
preciso ainda, investigações bibliográficas, em estudos já realizados, sobre o tema, em
realidades locais de cada estado brasileiro e cada comunidade, povo e nação indígena
para análises que possam identificar a perspectiva “feminista decolonial indígena”. Num
estágio mais avançado e amplo de pesquisa, práticas investigativas etnográficas,
biográficas com meninas e mulheres presentes nestes cursos de Educação Profissional
e Tecnológica que aproxime a formação da realidade dos povos e nações indígenas
brasileiros ao currículo formativo.
Palavras-chave: Feminismo decolonial indígena. Educação profissional. Currículo
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