RESUMO - COMBATE ÀS PRÁTICAS DE RACISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO POPULAR NO SEMIÁRIDO NORDESTINO EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Ana Letícia de Oliveira Bezerra Fernandes

Universidade Federal Rural do Semiárido

leticiafernandes1277@gmail.com 

 

Ana Maria Bezerra Lucas 

Universidade Federal Rural do Semiárido

hannaire@ufersa.edu.br

 

Evillin Lissandra Cosme Santana

Universidade Federal Rural do Semiárido

evillinlissandra13@gmail.com. 

 

Vitor Carlos Nunes

Universidade Federal Rural do Semiárido

vitorcarlosnunes@hotmail.com

 

 

 

Resumo 

O trabalho pretende relatar a experiência extensionista de estudantes do curso de Direito da Universidade Federal Rural do Semi-Árido em uma ação de extensão, durante a pandemia do Covid-19. O objetivo da Ação é a elaboração de uma Cartilha Educativa que visa proporcionar à reflexão crítica acerca da importância da igualdade racial como mecanismo de combate ao racismo que se agravou tanto durante essa pandemia, bem como disseminar conhecimentos sobre a temática. A Ação é uma atividade conjunta do Coletivo Negras e do Programa de Extensão Desconstruindo Amélia e é construída de maneira coletiva, com uma abordagem qualitativa e participativa entre os estudantes do curso de Direito e Licenciatura em Educação do Campo, professores da UFERSA e da UERN. A Ação será finalizada no mês de novembro e está sendo elaborada a partir de seis eixos. 1) Educação, Cultura, Esporte e Lazer, 2) Acesso à Terra e Moradia, 3) Trabalho, 4) Meios de Comunicação, 5) Segurança à Alimentação e Saúde e 6) Jurídico, Legislativo e Segurança Pública. A divisão dos eixos entre os participantes da Ação considerou as experiências, a formação acadêmica e de militância nos Movimento Sociais. Como metodologia utilizamos o relato de experiências a partir das diferentes percepções e impressões, principalmente por sermos estudantes brancos e não fazermos parte da população negra a partir da perspectiva da Extensão popular. Para esse fim utilizamos como referências as obras de Paulo Freire, Educação como prática da liberdade(1969), Extensão ou Comunicação (1983) e Pedagogia do Oprimido (1992). Como resultados esperamos, para a Ação de Extensão: uma difusão de informações confiáveis, neste atual cenário pandêmico, contribuindo para que a população negra possa conhecer as práticas de racismo e suas punições, que já se encontram regulamentadas pelas legislações brasileiras, e com isso colaborar com a luta contra quaisquer tipos de preconceitos e discriminações sociais, étnicas e raciais no contexto mossoroense, potiguar e nacional. Com o relato de experiência esperamos que a extensão universitária popular possa colaborar, junto aos movimentos sociais e na organização dos trabalhadores para sua emancipação e autonomia enquanto classe organizada e que a Extensão Universitária Popular da UFERSA, através do Grupo de Estudos Direito Crítico, Marxismo e América Latina, do qual somos participantes, possa “quebrar” a corrente de transmissão que predomina na formação dos profissionais do Direito e formar profissionais engajados no compromisso de lutar pela efetivação e garantia dos direitos sociais. Os projetos de extensão popular são oportunidades de aproximar os estudantes universitários das comunidades, segmentos sociais e populações que não têm suas pautas consideradas pelas pesquisas acadêmicas de cunho mercadológico.

Palavras-chave: Extensão Universitária Popular; Combate ao racismo; Pandemia; Covid-19; Relato de experiências.

Comentários

  1. Iniciativa incrível, precisamos de representatividade em todos os âmbitos, bem como de profissionais mais humanizados, que prezem pela criticidade libertária.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

CONFIRA OS RESUMOS DO SIMPÓSIO TEMÁTICO 6: "MUNDO DO TRABALHO, EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E IDENTIDADE DE GÊNERO"

RESUMO - EMPREGADAS DOMÉSTICAS NAS PÁGINAS DE UM JORNAL POTIGUAR: UMA HISTÓRIA DA SUSPEIÇÃO

RESUMO - O “OLHAR” DE FUTURAS PROFESSORAS E PROFESSORES EM EXERCÍCIO SOBRE A DOCÊNCIA DE HOMENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL